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INFORMAÇÕES SOBRE O II FESTIVAL LATITUDES LATINAS
Mesa redonda
Com o tema “Veramérica: os olhos e os horizontes”, esta mesa
redonda abordará a recente produção artística em artes visuais no sul do
continente e contará com a participação dos artistas Cristiano Pitón, Marilia
Palmeira, da professora e pesquisadora Beatriz Lemos, idealizadora e
coordenadora do projeto Lastroarte (http://lastroarte.com) e do diretor do MAM,
Marcelo Rezende (a confirmar).
Oficinas e intervenções
Ações idealizadas em Oficinas coordenadas por Cristiano Pitón, artista,
docente e pesquisador da Escola de Belas Artes (UFBA) e integrante
do Grupo de Interferência Ambiental – GIA (http://giabahia.blogspot.com.br/) e por Marilia Palmeira,
artista e pesquisadora vinculada ao programa de pós graduação em artes da
Universidade Federal do Rio de Janeiro e idealizadora de Acción Arte Itinerante
(http://aai-latinoamerica.tumblr.com/), projeto que realizou um
mapeamento da recente produção em artes visuais na América do Sul. Estas
Oficinas terão como fio condutor as noções de território, fronteiras, espaço,
lugar e mapa e serão realizadas em três diferentes espaços (a definir) nos dias
28, 29 e 30 de outubro, das 15h às 17h.
Lançamento de livro
Lançamento do livro Veramérica: diálogos sobre as artes
contemporâneas destas latitudes, resultado do evento realizado em agosto de
2013 com recursos da Pro-reitoria de Extensão da UFBA. Este evento reuniu em
Salvador jovens artistas de diferentes países latino-americanos para apresentar
e discutir a atual produção em artes visuais no continente.
Exposições
Uma exposição que contará com uma
seleção das obras de jovens artistas latino-americanos, compiladas por
Marilia Palmeira, e pelos trabalhos realizados pelos participantes da
Oficina.
Esta exposição permanecerá aberta de 30/10 a 30/11.
Conceito
curatorial do Festival
Conhecido mundialmente como um país
tropical, o Brasil abriga uma série de outros Brasis desconhecidos por muitos
ainda. Tal como se lê, por exemplo, no inspirador ensaio “A estética do frio”,
do músico e escritor riograndense Vitor Ramil, as representações consagradas
das culturas do Brasil como um país tropical terminaram por invisibilizar
outras tantas narrativas possíveis para este país-continente. Para o que nos
interessa aqui de modo pontual, valeria a pena destacar que, se na canção
“Notícias do Brasil” Milton Nascimento e Fernando Brant chamam a atenção para o
modo como convivemos há tempos com a prática de “ficar de frente para o mar e
de costas para o Brasil”, poderíamos ampliar a geografia contemplada na letra
desta canção para o resto do continente. Assim, em sintonia com as ações
prioritárias do projeto geral de Latitudes Latinas, esta proposta busca
fomentar diálogos e aproximações que contribuam para uma efetiva pluralização
de nossas interlocuções. Berço de diversos e emblemáticos criadores, entre eles
justamente os idealizadores do que hoje se conhece como Tropicalismo, a Bahia,
que historicamente revelou-se muito receptiva às tão vitais trocas culturais,
poderia beneficiar-se muito também destes esforços de ampliação e pluralização
de interlocutores.
Na
esteira da proposta formulada por Vitor Ramil em seu texto (e no disco dele
decorrente: Ramilonga), começaram a gestar-se no sul do Brasil e no Rio
da Prata outras propostas que visavam, também a partir de práticas artísticas
diversas (aqui nos restringimos fundamentalmente à música), se não
problematizar as representações hegemônicas, ao menos evidenciar o seu lugar de
fala. Em paralelo às consagradas representações de um “país tropical”,
contemplamos neste projeto uma série de ações que visam justapor – para
pensá-las em paralelo – propostas artísticas como a já citada “estética do
frio”, de Vitor Ramil, o “templadismo”, tal como formulado pelos uruguaios
Jorge e Daniel Drexler, além do “subtropicalismo” cantado pelo argentino Kevin
Johansen e o “floricalismo”, do também argentino Florentino.
Objetivo geral
Incentivar, no âmbito das ações
culturais realizadas no Estado da Bahia, a consolidação de um espaço permanente
de pesquisa, de formação, produção e difusão de conhecimento sobre a recente
produção artística no espaço cultural latino-americano.
Objetivos específicos
Contribuir com a produção e a difusão
de conhecimento sobre as artes e as culturas latino-americanas no âmbito do
Estado da Bahia;
Fomentar a criação de espaços de
troca, de aprendizagem coletiva, tanto entre os artistas convidados quanto nas
interações com o público;
Promover mesas redondas tendo como
temas: Veramérica: os olhos e os horizontes, sobre artes visuais na
América do Sul; e América Platina: estética do frio, tropicalismo,
templadismo e floricalismo, dedicada a questões relacionadas às
representações do Brasil e dos países do Rio da Prata;
Realizar um sarau poético com artistas
do sul e do nordeste do Brasil, além de convidados de outras regiões;
Realizar uma exposição com uma seleção
das obras de jovens artistas latino-americanos;
Realizar uma série de intervenções
artísticas a partir de oficinas com artistas latino-americanos.
Exibir documentários que abordam
aspectos relacionados ao tema central desta proposta;
Realizar o lançamento do livro Veramérica:
diálogos sobre as artes contemporâneas destas latitudes;
Produzir e difundir programas
especiais de rádio que abordarão musicalmente a temática do Festival;
Contribuir com as ações voltadas à
promoção da diversidade cultural no Estado e no país;
Subsidiar reflexões sobre o espaço
cultural latino-americano com vistas à definição de políticas públicas para a
educação e para a cultura;
Realizar três shows com músicos
nacionais e estrangeiros como abertura e como encerramento das atividades do
Festival.
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