sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mais sobre a Caravela: Physalia physalis



 É verdade, existe um animal chamado Caravela-Portuguesa, ou Garrafa-Azul. Denominado pela comunidade científica de Physalia physalis, a Caravela-Portuguesa é normalmente confundida com medusas (ou alforrecas). Mas não é tudo, este fantástico animal é na realidade composto por uma colónia de quatro diferentes organismos celulares, pertencente ao grupo dos cnidários. Temos o pneumatóforo, uma vesícula cheia de ar que mantêm a colónia a flutuar na superfície das águas, sendo empurrada pelo vento ou pela corrente marítima. Foi o formato da "cabeça" destes cnidários que deu o nome de Caravelas-Portuguesas, devido às parecenças com as nossas caravelas ou até mesmo com os chapéus utilizados pelos nossos soldados portugueses. Esta carapaça mole tem um tom azulado muito apreciado (ou mesmo rosa). De seguida vêm os dactilozoóides que compõem os tentáculos. Estes podem chegar a ter 50 metros de comprimento (a "vesícula" tem apenas 30 cm de altura. Os tentáculos possuem cnidócitos, que produzem nematócistos (estruturas cheias de toxinas). Este "animal" alimenta-se, usando os seus tentáculos para "pescar" os peixes que estejam de passagem. O veneno da Caravela-Portuguesa é capaz de paralisar e matar os peixes e a sua picada pode ser muito dolorosa para um ser humano (mas raramente mortal). Aviso: Se alguma vez encontrarem um destes invertebrados na praia, não lhe toquem pois ainda pode dar a sua picada venenosa! Músculos dos tentáculos de seguida levam as presas para o terceiro organismo celular, os gastrozoóides, que realizam a digestão dos alimentos. Finalmente, temos os gonozoóides, responsáveis pela reprodução destas colónias flutuantes. Considera-se esta espécie como sendo unisexual, ou seja podemos distinguir machos de fêmeas (só analisando estas células). Eles libertam os seus gâmetas na água onde ocorre a fecundação. São encontrados em águas quentes do Oceano Atlântico, Pacífico e Índico. Reúnem-se em grupos de 1,000 ou mais indivíduos. Passam toda a sua vida à deriva, sem nenhum rumo, nem capacidade de propulsão. De vez em quando, conseguem submergir, evitando possíveis ataques superficiais. Os seus principais predadores são as tartarugas-comuns, o caracol-violeta e a curiosa lesma-do-mar azul.


 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ciclo de Conversa sobre a Cidade, como desdobramento daexposição Esquizópolis

Foto: Arquivo Municipal da Fundação Gregório de Matos
Foto: Arquivo Municipal da Fundação Gregório de Matos
É com o tema “A expansão da metrópole e suas reconfigurações” que o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em parceria com Instituto Anísio Teixeira (IAT), promove o Ciclo de Conversas Discutindo a Cidade esta sexta-feira, dia 19, a partir das 9h, no auditório do Instituto Anísio Teixeira. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas abaixo.
A atividade conta com a participação da professora de Arquitetura e Urbanismo da UFBA, Ana Fernandes; do professor da Escola de Belas Artes da UFBA e integrante do coletivo de arte GIA, Cristiano Piton; da artista e coordenadora do Núcleo de Montagem do MAM, Daiane Oliveira; e do museólogo do Núcleo de Museologia do MAM, Rogério de Sousa.
Durante a atividade, pesquisadores, artistas, educadores e o público em geral são convidados a participar de um debate em formato de conversa pública, que propõe-se a discutir sobre a expansão da metrópole a partir da ocupação do espaço urbano e o deslocamento da população, questionando criticamente as reconfigurações da cidade a partir de seus pontos de vista individuais.
Esta edição do Ciclo de Conversas proporciona uma reflexão sobre os impactos provocados na cidade de Salvador pelo desenvolvimento arquitetônico e ocupação urbana nos últimos anos, integrando a programação educativa da exposição Esquizópolis – Os premiados dos Salões da Bahia 2012 e o acervo do MAM, que procura entender a produção da arte e da cultura baianas a partir do contexto histórico sob o qual foram produzidas. A exposição segue em cartaz até 1º de setembro.
No MAM-BA, a visitação acontece de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h. Já no Museu Náutico, a exposição pode ser vista de terça a domingo, de 8h30 às 19 horas; e durante o mês de julho, a visitação pode ser feita todos os dias da semana.

Ciclo de Conversas Discutindo a Cidade – A expansão da metrópole e suas reconfigurações
Quando: 19/07, sexta-feira, às 09h
Onde: Auditório do Instituto Anísio Teixeira – IAT, Paralela