domingo, 18 de fevereiro de 2018

"O Actor", poema de Herberto Hélder (dito por Mário Redondo)


Princípio combinatório + Herberto Helder

combinatória é um ramo da matemática que estuda coleções finitas de elementos que satisfazem critérios específicos determinados, e se preocupa, em particular, com a "contagem" de elementos nessas coleções (combinatória enumerativa) e com a decisão de certo objeto "ótimo" existe (combinatória extremal) e com estruturas "algébricas" que esses objetos possam ter (combinatória algébrica).
O assunto ganhou notoriedade após a publicação de "Análise Combinatória" por Percy Alexander MacMahon em 1915. Um dos destacados combinatorialistas foi Gian-Carlo Rota, que ajudou a formalizar o assunto a partir da década de 1960. E, o engenhoso Paul Erdős trabalhou principalmente em problemas extremais. O estudo de como contar os objetos é algumas vezes considerado separadamente como um campo da enumeração.
Um exemplo de problema combinatório é o seguinte: Quantas ordenações é possível fazer com um baralho de 52 cartas?
O número é igual a 52! (ou seja, "cinquenta e dois fatorial"), que é o produto de todos os números naturais de 1 até 52. Pode parecer surpreendente o quão enorme é esse número, cerca de 8,065817517094 × 1067. Comparando este número com alguns outros números grandes, ele é maior que o quadrado do Número de Avogadro, 6,022 × 1023, quantidade equivalente a um mol".

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Herberto Helder - A máquina de emaranhar paisagens - 1963.

E chamou Deus à luz Dia; e às trevas chamou Noite; e fez-se a tarde, e fez-se a manhã, dia primeiro. ... e fez a separação entre as águas que estavam debaixo do firmamento e as águas que estavam por cima do firmamento. (Gênesis).
E eis que havia um grande terramoto: e o sol tornou-se negro como um saco de silício: e alua tornou-se como sangue. E as estrelas do céu caíram na terra, como quando a figueira lança os seus figos verdes, abalada de um grande vento: E o céu retirou-se como um livro que enrola: e todos os montes e ilhas se moveram dos seus lugares. E vi os mortos, pequenos e grandes,... e foram abertos os livros. (Apocalipse).
Irmãos Humanos que depois de nós vivereis, não nos guardeis ódio em vossos corações. (François Villon).
Ah, como custa falar desta selvagem floresta tão áspera e inextricável, cuja simples lembrança basta para despertar o terror. Denso granizo, águas negras e neves caíam do espaço tenebroso. (Dante).
Maravilha fatal da nossa idade. (Camões).
Rasgou os limbos a antiga luz das fábulas, luz terrível que os homens e as mulheres beijavam cegamente e a que ficavam presos pela boca, arrastados, violentamente brancos – mortos. E essa colina subia e girava, puxando pelos lábios os seres deslumbrados e aniquilados. E dentro desta luz e desta morte, os sons amadureciam. Em baixo, vermelhas, estalavam as cúpulas. (Autor).

(HELDER, 2009, p. 217)

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