quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Latitudes Latinas



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INFORMAÇÕES SOBRE O II FESTIVAL LATITUDES LATINAS



Mesa redonda

Com o tema “Veramérica: os olhos e os horizontes”, esta mesa redonda abordará a recente produção artística em artes visuais no sul do continente e contará com a participação dos artistas Cristiano Pitón, Marilia Palmeira, da professora e pesquisadora Beatriz Lemos, idealizadora e coordenadora do projeto Lastroarte (http://lastroarte.com) e do diretor do MAM, Marcelo Rezende (a confirmar).

Oficinas e intervenções

Ações idealizadas em Oficinas coordenadas por Cristiano Pitón, artista, docente e pesquisador da Escola de Belas Artes (UFBA) e integrante do Grupo de Interferência Ambiental – GIA (http://giabahia.blogspot.com.br/) e por Marilia Palmeira, artista e pesquisadora vinculada ao programa de pós graduação em artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e idealizadora de Acción Arte Itinerante (http://aai-latinoamerica.tumblr.com/), projeto que realizou um mapeamento da recente produção em artes visuais na América do Sul. Estas Oficinas terão como fio condutor as noções de território, fronteiras, espaço, lugar e mapa e serão realizadas em três diferentes espaços (a definir) nos dias 28, 29 e 30 de outubro, das 15h às 17h.

Lançamento de livro

Lançamento do livro Veramérica: diálogos sobre as artes contemporâneas destas latitudes, resultado do evento realizado em agosto de 2013 com recursos da Pro-reitoria de Extensão da UFBA. Este evento reuniu em Salvador jovens artistas de diferentes países latino-americanos para apresentar e discutir a atual produção em artes visuais no continente.

Exposições

Uma exposição que contará com uma seleção das obras de jovens artistas latino-americanos, compiladas por Marilia  Palmeira, e pelos trabalhos realizados pelos participantes da Oficina.
Esta exposição permanecerá aberta de 30/10 a 30/11.


Conceito curatorial do Festival

Conhecido mundialmente como um país tropical, o Brasil abriga uma série de outros Brasis desconhecidos por muitos ainda. Tal como se lê, por exemplo, no inspirador ensaio “A estética do frio”, do músico e escritor riograndense Vitor Ramil, as representações consagradas das culturas do Brasil como um país tropical terminaram por invisibilizar outras tantas narrativas possíveis para este país-continente. Para o que nos interessa aqui de modo pontual, valeria a pena destacar que, se na canção “Notícias do Brasil” Milton Nascimento e Fernando Brant chamam a atenção para o modo como convivemos há tempos com a prática de “ficar de frente para o mar e de costas para o Brasil”, poderíamos ampliar a geografia contemplada na letra desta canção para o resto do continente. Assim, em sintonia com as ações prioritárias do projeto geral de Latitudes Latinas, esta proposta busca fomentar diálogos e aproximações que contribuam para uma efetiva pluralização de nossas interlocuções. Berço de diversos e emblemáticos criadores, entre eles justamente os idealizadores do que hoje se conhece como Tropicalismo, a Bahia, que historicamente revelou-se muito receptiva às tão vitais trocas culturais, poderia beneficiar-se muito também destes esforços de ampliação e pluralização de interlocutores.
Na esteira da proposta formulada por Vitor Ramil em seu texto (e no disco dele decorrente: Ramilonga), começaram a gestar-se no sul do Brasil e no Rio da Prata outras propostas que visavam, também a partir de práticas artísticas diversas (aqui nos restringimos fundamentalmente à música), se não problematizar as representações hegemônicas, ao menos evidenciar o seu lugar de fala. Em paralelo às consagradas representações de um “país tropical”, contemplamos neste projeto uma série de ações que visam justapor – para pensá-las em paralelo – propostas artísticas como a já citada “estética do frio”, de Vitor Ramil, o “templadismo”, tal como formulado pelos uruguaios Jorge e Daniel Drexler, além do “subtropicalismo” cantado pelo argentino Kevin Johansen e o “floricalismo”, do também argentino Florentino.

Objetivo geral

 Incentivar, no âmbito das ações culturais realizadas no Estado da Bahia, a consolidação de um espaço permanente de pesquisa, de formação, produção e difusão de conhecimento sobre a recente produção artística no espaço cultural latino-americano.

Objetivos específicos
 Contribuir com a produção e a difusão de conhecimento sobre as artes e as culturas latino-americanas no âmbito do Estado da Bahia;
 Fomentar a criação de espaços de troca, de aprendizagem coletiva, tanto entre os artistas convidados quanto nas interações com o público;
 Promover mesas redondas tendo como temas: Veramérica: os olhos e os horizontes, sobre artes visuais na América do Sul; e América Platina: estética do frio, tropicalismo, templadismo e floricalismo, dedicada a questões relacionadas às representações do Brasil e dos países do Rio da Prata;
 Realizar um sarau poético com artistas do sul e do nordeste do Brasil, além de convidados de outras regiões;
 Realizar uma exposição com uma seleção das obras de jovens artistas latino-americanos;
 Realizar uma série de intervenções artísticas a partir de oficinas com artistas latino-americanos.
 Exibir documentários que abordam aspectos relacionados ao tema central desta proposta;
 Realizar o lançamento do livro Veramérica: diálogos sobre as artes contemporâneas destas latitudes;
 Produzir e difundir programas especiais de rádio que abordarão musicalmente a temática do Festival;
Contribuir com as ações voltadas à promoção da diversidade cultural no Estado e no país;
 Subsidiar reflexões sobre o espaço cultural latino-americano com vistas à definição de políticas públicas para a educação e para a cultura;
 Realizar três shows com músicos nacionais e estrangeiros como abertura e como encerramento das atividades do Festival.


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