quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Manual de Expansão vol III - Abertura dia 13 de setembro, a partir das 17h - Galeria Cañizares





Manual de Expansão vol 3. Abertura dia 13 - Na Galeria Cañizares
Caminhos e roteiros guiados pelos ventos, pela vontade, pela resistência, por fatores inesperados. Em suas extremidades: a gravinha, pequena seta delicada que aponta para possibilidades, até encontrar seu próximo ponto de fixação, abraçando, fixando, transformando-se lentamente em resistente mola, acompanhada por outra folha, eis mais uma transformação: uma verdadeira caravela vegetal segue em movimentos flutuantes em busca de sua próxima base/porto em galhos, cercas, muros, grades. Expande pela necessidade de crescer, por não caber na semente. Força e vigor impressionam.
Surgem flores de beleza quase psicodélica, comparada à beleza relacionada à paixão de Cristo, a colorida Passiflorales seduz e atrai o Mangangá: máquina de guerra com blindagem reforçada que contrasta com a delicadeza. Parece esmaga-la, mas carrega seu pólen, gera frutos, dá fluxo ao ciclo.
A flor passa a adquirir a dureza do Mangangá, muda, recolhe-se em uma carapaça/baú que guarda ricos tesouros: sementes que carregam em si a capacidade de imortalizar em mais uma estratégia de expansão e a rica polpa, que em forma de suco, refresca e acalma, como se guardasse em seu sabor, alguma lembrança dos tempos de semente, gravinha, flor e besouro.
Observar a natureza, perceber seus métodos, tornou-se exercício e referência para minha pesquisa que se fundamenta no cotidiano, na multiplicidade do artista, que assumindo suas fragilidades, abraça outras estruturas, conceitos, amigos, que por sintonia de ideias potencializam-se mutuamente. Toda grade tem potência de pomar!
Sementes deixadas próximas das grades de terrenos públicos têm grande potencial de reflorestamento urbano. Assim comecei as ações referentes ao doutorado, plantando sementes de maracujá nos ambientes de meu cotidiano.
sigo assim...

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